E a borboleta decolou de Botafogo…
Foi um sucesso a noite de lançamento do livro A asa da borboleta e outras sutilezas, de Gisela de Castro com ilustrações de Anna Bella Geiger, no último dia 21, no 3º piso da Hamburgueria Vikings, na rua General Dionísio, 11. A autora – que também é atriz, produtora, diretora, roteirista e contadora de histórias – ficou feliz com a receptividade do público que foi prestigiar o início de sua carreira de escritora. Feliz e surpresa em rever antigos colegas dos tempos de escola.
“Estou emocionada ao reencontrar amigos do Colégio Pedro II, que não via pessoalmente havia 30 anos. Até meu primeiro namorado veio me prestigiar”, empolgava-se Gisela enquanto autografava exemplares. Ela estava satisfeita também com o retorno de psicanalistas que acharam “o livro muito interessante e não somente um livro para crianças”.
“Tudo maravilhoso, sem falar que estar com Anna Bella é sempre muito divertido”, ressaltou Gisela por poder contar com a presença na festa e com as ilustrações da renomada e respeitadíssima Anna Bella Geiger no projeto.
Aliás, Anna Bella Geiger é um capítulo à parte. Com sua obra reconhecida internacionalmente, a artista plástica retomou, em A asa da borboleta e outras sutilezas, a atividade de ilustradora que não exercia desde a década de 1960. Aos 84 anos, Anna Bella nos contou que ilustrou a capa do famoso livro O apanhador no campo de centeio, de J.D. Salinger, autor norte-americano que, até então, não havia permitido que seus livros fossem ilustrados.
A asa da borboleta e outras sutilezas, que era um singelo livro de poemas curtos para crianças, acabou se tornando um pequeno livro de arte contemporânea, resultado para o qual também contribuiu a neta de Anna Bella, a designer brasileira radicada em Nova York Alice Chekroun, responsável pelo projeto gráfico e pela capa da obra.
A asa da borboleta e outras sutilezas é uma viagem poética e lúdica, lançada em edição bilíngue (português e inglês) pela Editora Bambolê. O projeto foi produzido com o patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro / Secretaria Municipal de Cultura, por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, do Grupo Lorinvest e da Escola Mopi.
Fomos nos despedir de Gisela de Castro enquanto ainda escrevia dedicatórias para as crianças. Mesmo encantada com a festa em que se transformou a noite de autógrafos, ela estava ciente da importância de seu primeiro passo na literatura. “Livro, em si, é muita responsabilidade, é registro, é documento que fica para posteridade”, observou.
Responsabilidade à parte, bacana mesmo foi ver a garotada folheando o livro e começando a viajar na asa da borboleta!