Beleza, maluco!
O autor brasileiro que mais vendeu livros em todo o mundo – pasmem! – nasceu em Botafogo;
(Publicado em 160 países pelo mundo afora, o cara hoje alcança a marca monstruosa de 140 milhões de exemplares);
O autor brasileiro dono de um jatinho Citation Excel, usado exclusivamente para deslocamentos pela Europa – é! – nasceu em Botafogo;
O autor que certa feita ficou retido na Islândia, devido à erupção do vulcão Eyjafjallajökull, e que – quando no Brasil – pede acarajé, moqueca e caipirinha de lima nasceu ali em Botafogo;
(Esse escritor brasileiro diz que costuma jogar no jardim privativo de seu refúgio suíço punhados de areia que leva da praia. De Botafogo);
O autor que, seja em Buenos Aires seja na Croácia, tem leitores descontrolados a exigirem autógrafos empunhando armas, a busca de tragos de suas palavras nasceu em Botafogo;
O mais vaidoso dos escritores, aquele que, paradoxalmente, por amor aos holofotes, se esconde numa aura de mistério, em suas exóticas andanças pelo mundo saiu de Botafogo;
O autor que tem por hábito hospedar-se em hotéis com nome falso, assim como fazem seus ilustres – não disse ilustrados! – leitores, Sylvester Stallone, Julia Roberts e Sharon Stone, veio de Botafogo;
Esse autor que, só no Irã espalhou dez milhões de livros e que durante década inteira figurou na lista dos best-sellers da Lituânia – e do Japão, e da Austrália e de cafundós inimagináveis, como o Cazaquistão – veio de Botafogo;
O escritor brasileiro que – gostemos ou não –, da mais ocidental praia lusitana aos confins do Leste Europeu, é reverenciado; e que – hoje – é um dos três autores mais lidos do planeta, junto aos de Harry Potter e de O Código Da Vinci saiu de Botafogo; Esse autor – meus deuses! – se chama Paulo Coelho.