“Sigilo eterno” tem estreia simultânea na Escócia e no Brasil
No próximo sábado, dia 26, Sigilo eterno – o filme que salvou a humanidade, de Noilton Nunes, fará pré-estreia simultânea no auditório da Biblioteca Machado de Assis, em Botafogo, e no Royal Botanic Garden, em Edimburgo, na Escócia, onde o naturalista Charles Darwin estudou e deu aulas sobre A origem das espécies. Por coincidência, Darwin passou uma temporada na Enseada de Botafogo antes de seguir em sua viagem pela América do Sul. Mas essa é outra história.
Na história de Sigilo eterno, que foi todo filmado em Botafogo, Heloísa, jovem diplomata brasileira interpretada por Aline Deluna, participa da Conferência Internacional sobre o Clima em Paris. O ator Rollo faz o papel do cineasta Natan, seu ex-amante, que está no Rio de Janeiro fazendo um documentário sobre as mudanças climáticas no planeta. A narrativa acompanha os diálogos entre os dois, à distância. O filme – uma “ficção ecológica”, segundo Noilton Nunes – apresenta um painel das discussões e das mobilizações em busca da conscientização planetária para os imensos desafios que precisamos enfrentar para tentar salvar a humanidade.
Fomos bater um papo com o cineasta e documentarista Noilton Nunes em sua casa. Ela é uma das quatro casas da vila que resistiram à especulação imobiliária e continuaram de pé, nos fundos de um edifício na rua Dona Mariana. Seus vizinhos são a psicanalista sueca Nilza Ericson, o premiado violoncelista inglês David Chew e um escritório de arquitetura. Nesse cantinho bucólico, tem uma árvore, de uma espécie de pau-brasil, plantada há mais de 30 anos pelo filho de Noilton, Pedro.
Aos 70 anos e dono de uma carreira profícua no cinema – que inclui um prêmio Kikito, do Festival de Gramado, pela montagem de “O rei da vela” –, Noilton Nunes fala de seu novo filme com entusiasmo de adolescente. O primeiro teste do filme foi em setembro do ano passado, no conceituado Festival Internacional de Cinema Político (FICIP), da Argentina, para um público exigente que lotou o tradicional Cine Gaumont, de Buenos Aires. “Ao final da sessão, as pessoas saíam com ar de felicidade, como se tivessem assistido a uma comédia”, conta o cineasta. E era essa a intenção de Noilton. “A primeira humanidade que o filme está ajudando a salvar é a minha própria. Apesar de eu estar tomado por sentimentos de ódio e tristeza por causa do inacreditável retrocesso e da volta aos dias de chumbo no Brasil, a realização desse filme permite ampliar os meus mais profundos sentimentos de ser humano, que acredita ainda nas possibilidades de vencermos a escuridão e reencontramos a luz.”
Sigilo eterno traz a esperança de salvação da humanidade. Para Noilton, a salvação pode estar nas pequenas coisas: nas casas que sobrevivem na vila, no pau-brasil plantado há anos pelo filho e na primeira neta do cineasta, que está para chegar e se chamará… Flora.
Opinião
“Sigilo deve ser visto imediatamente pelos jovens, pois eles herdarão todos os malefícios que causamos ao nosso planeta. É um filme que nos convida a participar desta que pode ser nossa última grande utopia: salvar a humanidade.”
(Patricia Átila, professora-doutora em Artes da Comunicação, escritora e ativista ecológica chilena)
“Sigilo Eterno é uma ousadia cinematográfica.”
(Silvio Tendler, cineasta)
“Sigilo é um filme sobre o presente que tem um grande futuro pela frente, alimentando nossas forças para reagirmos contra as crises.” (Eunice Gutman, cineasta)
Sigilo Eterno
Data: 26 de agosto
Horário: 14h
Local: auditório da Biblioteca Machado de Assis
Endereço: rua Farani 53
Capacidade: 100 pessoas
Entrada gratuita.
Realização: Rede Botafogo Cultura Solidária