Nesse vaivém, a gente se dá bem

Nesse vaivém, a gente se dá bem

Roupa vai, roupa vem… E eu fui conhecer o Bazar Vaivém.

Tem coisa mais bem inventada do que um brechó onde a gente deixa o que não interessa mais e garimpa peças diferentes para compor um novo visual?

A gente tem mesmo de fazer as roupas circularem. Seja porque enjoamos delas, porque engordamos, porque emagrecemos (isso é raríssimo!), ou simplesmente porque o armário está cheio de peças demais, que nem damos conta de usar, e até porque resolvemos exercitar o – tão politicamente correto – desapego.

Adoro brechó! Mesmo que seja difícil encontrar algo que caiba – e caia bem, claro! – no meu corpo fora de forma. E mesmo que eu seja alérgica – uma frescura que nem combina comigo, mas que me deixa prejudicada e incomodada em ambientes com cheiro de roupa guardada.

Sorte é quando a gente encontra um brechó limpinho e cheiroso como o Vaivém Bazar, da querida Márcia Rinaldi. Não, ela não é minha amiga de longa data. Na verdade, conheci no dia em que fui ao brechó da rua Fernandes Guimarães 78, naquele canto de Botafogo colado ao Morro de São João. Só que é fácil ficar amiga dela rapidinho.

Márcia é simpática, falante, prestativa, e com ela descobri várias afinidades, como a literatura. Eu, além de ter feito curso de Jornalismo na UFRJ, estudei Letras na Uerj. Ela também fez Letras e hoje trabalha na PUC. Além do mais, gosta de música, mora em Botafogo desde criança e conhece todo mundo da área. Se não conhece, passa a conhecer em um minuto.

O brechó fica numa casa linda, que pertence aos pais de Márcia e de uma amiga da família. Aquele tipo de casa bem comum em Botafogo, com pé direito alto e janelões. O Vaivém Bazar funciona na sala do térreo, onde araras lotadas de roupas são bem organizadas por tamanhos e estação: roupas de frio, de calor, de todos os tamanhos. Além de roupas, há calçados – sandálias, sapatos, botas e até galochas – e acessórios variados: cintos, bijuterias, lenços, chapéus e cachecóis.

No andar de cima, fica uma biblioteca bacana, criada a partir dos livros dos donos da casa – Ilmar Rohloff de Mattos e Selma Rinaldi de Mattos, pais de Márcia, e Margarida de Souza Neves, carinhosamente chamada de Guida –, todos professores de história. O espaço fica à disposição dos alunos e, vez por outra, eles organizam saraus e outros tipos de eventos literários lá.

Nos fundos, fica o estúdio do irmão de Márcia, que é músico. A mãe é quem está à frente do bazar, com a ajuda de Ana Cláudia Lima, aluna de Ilmar. Márcia só costuma estar no Vaivém aos sábados, quando está de folga do trabalho na PUC.

Enfim, o Vaivém Bazar é uma reunião de família. Não à toa, exala afeto, que perfuma roupas e faz com que a gente se sinta em casa.

Serviço:

Endereço: Rua Fernandes Guimarães 78.

Funcionamento: de quinta a sábado, do meio-dia às 19h.

É possível agendar visitas em outros dias e horários pelos

telefones: 98715-4496 e 98664-2155.

O Vaivém Bazar está no Facebook.

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