Barba, cabelo e bigode com estilo
Outro dia, estava passando pela rua Arnaldo Quintela quando encontrei Wagner Noschese, velho parceiro da área de comunicação visual. A simpatia continuava a mesma, mas o seu cabelo – barba e bigode também – quanta diferença!
Ele é o orgulhoso proprietário da Barbearia Clube do Bolinha, na esquina com a rua Rodrigo de Brito. Fiquei logo curioso. Quando a gente entra, viaja no tempo graças à decoração vintage, cheia de referências de meados do século XX. Apesar do estilo retrô, o salão é perfeito para o homem moderno, que exige qualidade e faz questão de um visual diferenciado.
Aos 40 anos, Wagner abriu mão de um negócio sólido no ramo de comunicação visual para criar sua barbearia. “Sabe quando chega um momento na sua vida em que você se dá conta de que não quer mais fazer o mesmo trabalho? Eu passei uns seis meses em São Paulo, conversei muito com o meu pai, recordamos as velhas histórias de meu tio-avô Mário e do Vô Zé, que foram barbeiros, e, de repente, me veio o estalo: por que não? ”, conta ele.
Para Wagner, aquele velho barbeiro de bairro, que repete o mesmo corte para todos os clientes, está com os dias contados. Por outro lado, os salões tradicionais têm um serviço melhor, mas são especializados em cortes femininos e nunca se preocuparam muito com o mercado masculino.
Para aproveitar essa oportunidade de mercado, Wagner foi buscar inspiração em algumas das barbearias mais famosas do mundo – como a Figaro’s, de Portugal, e a Schorem Barbier, dos Países Baixos –, que ditam a moda masculina no mundo. Em comum com elas, o Clube do Bolinha tem o estilo old school e profissionais experientes e atualizados.
A ideia dele é focar na atualidade das tendências de corte de cabelo e barba, com padrão superior às velhas barbearias, serviço mais especializado e, ao mesmo tempo, mais em conta do que os salões de cabeleireiro. O corte de cabelo sai a R$ 65 – “o equivalente a três cervejas artesanais, só que dura bem mais”, brinca o empresário.
Os principais serviços são o corte de cabelo na tesoura, corte à máquina, barba modelada, barba simples, limpeza de pele, limpeza de couro cabeludo e coloração de cabelo e barba – “que não é a mesma coisa que tingimento”, frisa Wagner. “A coloração dura menos tempo do que a tintura, mas fica mais natural.”
Brad Pitt e David Beckham
Os cortes mais pedidos pelos clientes são o pompadour, o degradê e o flat top. “A base desses cortes são os anos 1960 e 1970, com o cabelo bem batido, meio degradê e a coroa mais cabeluda”, ensina o proprietário. Já os modelos de barba preferidos são lenhador e barba por fazer.
Muitos não sabem o nome do corte de cabelo, mas trazem fotos de personalidades – como Brad Pitt e David Beckman – para mostrar o que querem. “E aí é que entra a experiência profissional. Em primeiro lugar, todos os meus barbeiros conhecem visagismo, estudaram para saber que corte é mais adequado a cada formato de rosto. Por outro lado, precisamos levar em conta a enorme diversidade étnica do brasileiro antes de iniciar o serviço. Podemos chegar bem perto do resultado esperado, desde que o cliente faça a manutenção com finalizadores”, explica.
Aqui devo confessar: não experimentei os serviços da barbearia – não sou moderno, não uso barba, nem tampouco tenho cabelo. Mas, conhecendo o ótimo profissional que é Wagner Noschese, posso assegurar que o Clube do Bolinha oferece serviços de qualidade.
A barbearia abre de terça a sexta, das 10h às 20h, e sábados, das 9h às 18h. Após as 16h, só clientes agendados são atendidos. O agendamento é feito via plataforma trinks.com. Não é preciso agendar para sábado.
Clube do Bolinha Rua Rodrigo de Brito nº 1 (esquina com a rua Arnaldo Quintela)