A guerra não tem rosto de mulher
Texto da escritora e jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich ganha montagem por um coletivo de criação formado pelo diretor Marcelo Bosschar e pelas atrizes Carolyna Aguiar, Luisa Thiré e Priscilla Rozenbaum. É a peça “A guerra não tem rosto de mulher”, que ocupa o Espaço Furnas Cultural em dois fins de semana: dias 25 e 26 de maio, e 9 e 10 de junho, no horário das 19h. A entrada é gratuita, com senhas podendo ser retiradas a partir de uma hora antes da sessão.
Para escrever “A guerra não tem rosto de mulher”, Svetlana Alexievich partiu da tese de que a narrativa oficial das guerras é feita por homens, sejam eles militares, políticos, repórteres ou historiadores. Tendo isso em mente, ela saiu em campo atrás de histórias de guerra pela ótica das mulheres que sobreviveram à II Guerra Mundial: encontrou histórias de frio, fome, violência sexual, amor, menstruação, lágrimas e a sombra onipresente de morte.
Na adaptação da obra para o teatro, o coletivo de criação optou por descontextualizar os eventos históricos narrados no livro e privilegiar o lado humano. Assim, o palco está desnudo, e as imagens são compostas por meio da coreografia e do movimento das intérpretes.
Afinal, o horror da guerra é um sentimento de compreensão universal, seja na União Soviética da década de 1940, seja nas zonas conflagradas dos morros cariocas nos dias de hoje. Naquele tempo, assim como agora, havia incertezas, perdas, lutas e superações. Havia também histórias de amor, amizade e afeto.
Serviço:
“A guerra não tem rosto de mulher”, texto de Svetlana Aleksiévitch
Direção: Marcello Bosschar
Elenco: Carolyna Aguiar, Luisa Thiré e Priscilla Rozenbaum
Local: Espaço Furnas Cultural – rua Real Grandeza 219 Datas: Dias 26 e 27 de maio, 9 e 10 de junho (sábados e domingos) Horário: 19 horas Duração: 80 min / Classificação etária: 14 anos