Samba bem temperado
- Escrito por - Curta Botafogo
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A gente entrou na rua Bambina, vindo da São Clemente, e já viu a movimentação no bar no nº 180 E. Era a já conhecida roda com o grupo Tempero do Samba, que rola toda quarta-feira, das 18h às 21h. O percussionista Sérgio Meneses, que nos convidou, já nos esperava.
Chegamos ao som de “Falsa consideração”, sucesso de Marquinhos Sathan, em parceria com Eros e Liebert: “e aí, na hora do sufoco, sei que você vai me procurar com a mesma conversa que um dia me fez apaixonar por alguém de uma falsa consideração…”. Já tinha gente em pé sambando miudinho. E foi dali para melhor.
O bar, que ainda vai ganhar letreiro com o nome Bambar, é de três sócios: o baiano Valdemir Barbosa, que está lá às quartas; o carioca Antônio Gomes e o cearense Antônio Lima. A cerveja estava geladérrima, espetacular. E os pasteis – carne e queijo com orégano –, na medida do nosso apetite.
A roda começou há seis meses com o cavaquinista Pedro Saback, que mora no bairro, e foi agregando outros músicos: Valdir (surdo), Lucas (pandeiro), Marcelo (cavaquinho), Sérgio (reco-reco), Poca Sombra (percussão), Hugo Diojuara (tantã), Douglas (banjo), Carlão (percussão) e Erick (repique).
O samba do grupo é de raiz, de responsa, de empolgar. Durante três horas, curtimos clássicos de toda roda de samba que se preze, como sucessos de Fundo de Quintal, Roberto Ribeiro, Almir Guineto e Jorge Aragão. Como não se cobra couvert, passa-se o pandeiro no final. A plateia colabora feliz.
Não somos “número baixo”, mas tivemos direito a pedir o último samba: “Água de chuva no mar” (Gerson Gomes, Wanderley Monteiro, Carlos Caetano), gravado por Beth Carvalho. Com essa moral, viramos sócios de carteirinha. Bateremos ponto na próxima quarta. Estão todos convidados.
“Conselho”, de Almir Guineto#Bambar#Temperodosamba#ruaBambina